Para celebrar o Dia Internacional da Mulher partilhamos o testemunho da Dora Ferreira, Sócia-Gerente dos Centros Glassdrive Cantanhede e Vagos, a quem o maior desafio da sua carreira foi desafiar-se a si mesma!
Na Glassdrive trabalhamos todos os dias com mulheres que nos inspiram. Mulheres corajosas, resilientes e que nos fazem acreditar que tudo é possível.
Nome: Dora Isabel Costa Ferreira
Função: Sócia-gerente
Centros Glassdrive: Cantanhede e Vagos
Formação: Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas
Data de início de trabalho na Glassdrive: 2006
O que mais gosta no trabalho: Atendimento ao público.
Como define a marca Glassdrive: a Glassdrive é a minha segunda casa. E um conjunto de profissionais a lutar pelo sucesso.
O que queria ser em criança: Professora.
O que é que a faz sorrir: O meu filho, os meus sobrinhos, o pôr do sol, a lua cheia, os clientes satisfeitos.
Carro dos seus sonhos: Fiat 500… mas tem de ser Abarth!
P: Quais foram os maiores desafios da sua carreira?
R: O meu maior desafio foi desafiar-me a mim mesma! Será que consigo continuar a manter este “barco” em alto mar numa velocidade de cruzeiro? Será que sou capaz? No meu percurso profissional tive três grandes desafios: o primeiro, quando troquei de área, principalmente por ser no mundo automóvel.
O segundo quando, em 2017, numa fase menos positiva, assumi o cargo sozinha de sócia-gerente da empresa; e, por último, em 2021, voltei a ser posta à prova quando também me foi atribuído o Centro Glassdrive de Vagos.
P: Qual é a sua rotina na empresa?
R: Não há propriamente uma rotina, todos os dias são diferentes e desafiadores. Diariamente tenho imprevistos a acontecer, que me obrigam a reajustar todo o trabalho.
Num dia calmo, programo as prioridades do dia e o resto acontece naturalmente, numa correria que nos é familiar e que é bem-sucedida face ao equilíbrio que temos entre as equipas técnicas e de receção.
Num dia mais agitado, não estou mais de 30 minutos focada num único projeto. Entre os dois Centros Glassdrive, há sempre chamadas, atendimento ao cliente, apoio a todo o trabalho técnico, acompanhamento da equipa comercial e gestão de processos. Um ritmo que já é habitual.
P: Qual é a melhor e pior parte do seu trabalho?
R: Gosto muito da relação com as pessoas o que, automaticamente, se torna numa das melhores partes do meu dia. Mas os meus melhores dias são, sem dúvida nenhuma, quando a minha equipa me mima com pastéis de nata e com toda a boa disposição que trazem para o local de trabalho.
Não me agrada quando sou descredibilizada por clientes pelo facto de ser mulher, mas lido bem com isso. E ainda bem que é um estigma cada vez menor. Agora, do que é que eu menos gosto, mesmo? Digitalizar processos!
P: O que é que aprende diariamente liderando e trabalhando diretamente com pessoas?
R: Aprendo que somos diferentes uns dos outros e que queremos todos o mesmo. No fundo, somos todos iguais, mas com histórias diferentes. Para mim, tornou-se um desafio compreender diariamente todos os clientes que entram no centro e ter a capacidade de me adaptar e reajustar.
Se no fim do dia sentir que dei o meu melhor para contribuir e satisfazer todos os que me rodeiam (clientes e equipa), sei que foi um dia de missão cumprida. E no dia seguinte começa o desafio novamente. O que aprendi? Que podemos dar sempre o nosso melhor, basta termos vontade de o fazer.
P: Quão importante considera termos mais mulheres em cargos de liderança?
R: Acredito que o sucesso esteja na igualdade. As mulheres não são melhores só por serem mulheres, mas também não são inferiores pelo mesmo motivo.
P: Em algum momento o facto de ser mulher atrapalhou a sua trajetória profissional?
R: Num meio social pequeno, rural e ligeiramente preconceituoso (ainda) é mais difícil ser bem-sucedida por ser uma mulher no ramo automóvel, já que o mesmo é visto como um trabalho de “homens”. Há, claro, outras pequenas situações do dia-a-dia que não facilitam o facto de ser uma mulher.
Por exemplo, socialmente é mais aceite um almoço de trabalho entre dois homens do que entre um homem e uma mulher. Sinto que acabo por ser “julgada” pela minha forma de estar, falar e vestir.
Também acho importante reforçar que ser mulher num mundo de homens me traz retorno positivo, como o carinho e acolhimento que sinto nos lugares que me são mais familiares.
P: Considera que homens e mulheres são, de facto, diferentes na forma de gerir os negócios?
R: Acredito que, biologicamente, homens e mulheres têm características diferentes e, consequentemente, podem também ter lideranças distintas. Nenhuma liderança é igual, pois, como já falei, somos todos iguais com histórias diferentes, homens e mulheres.
Embora genericamente as mulheres pareçam mais emotivas e os homens mais racionais, o que nos distingue enquanto pessoas é a nossa história e não o género.
P: Que conselhos daria às mulheres que almejam assumir uma posição de liderança?
R: O conselho que daria é acreditar que somos capazes e que conseguimos marcar a nossa posição e diferença no mundo de trabalho.
Outro conselho que daria, não menos importante, é que sozinhas não conseguimos chegar a lado nenhum, é preciso muito trabalho de equipa e neste campo tenho muito a agradecer à minha! Pelo esforço e o quão incansáveis são em todos os momentos.